quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Buracos Negros Supermassivos Devoram Galáxias Inteiras


(Stumbleupon.com / Cienctec) Nos buracos negros – de acordo com o Stephen Hawking, os bad boys do universo – tem sido descoberta a habilidade de retirar gases frios de galáxias massivas, gases esses necessárias para a formação de novas estrelas, assim as galáxias fica a mercê de estrelas gigantes vermelhas antigas sem a existência de novas estrelas para repor essa população envelhecida. O estudo liderado por Asa Bluck da School of Physics and Astronomy da University of Nottingham e também em parceria com Royal Society, usaram imagens com profundidade e resolução sem precedentes obtidas pelos Telescópio Espacial Hubble e pelo Chandra X-Ray Observatory para detectar buracos negros em galáxias distantes. Os pesquisadores procuram galáxias que emitiam alto níveis de radiação de raios-X – uma assinatura clássica de buracos negros devorando gás e poeira através da acumulação, ou da atração gravitacional da matéria.

Financiada pelo Science and Technology Facilities Council e pela NASA, a pesquisa levou a alguns resultados brilhantes: em buracos negros supermassivos essa radiação pode alcançar proporções imensas, emitindo radiação em raio-X em grandes quantidades, quantidade essa maior do que a emitida por todos os outros objetos combinados na galáxia – isso significa que os buracos negros brilham mais do que a galáxia como um todo. De fato, a quantidade de energia lançada é suficiente para retirar 25 vezes mais gás da galáxia do que se pensava anteriormente.

Os resultados também mostraram que uma grande maioria da radiação de raio-X presente no universo é produzida por esses discos de acreção que circundam buracos negros supermassivos, com uma pequena proporção sendo produzida por todos os outros objetos, incluindo galáxias e estrelas de nêutrons.

Os discos de acumulação circundam buracos negros supermassivos e produzem tanta energia que eles esquentam o gás frio localizado no coração das galáxias. O disco de acumulação brilha em todos os comprimentos de onda – desde as ondas de rádio até as ondas gamma. Essa aceleração do movimento aleatório do gás faz a temperatura subir e empurra esse gás para fora do centro da galáxia, onde então ele se torna menos denso. O gás precisa estar frio e denso para colapsar sob a gravidade e formar novas estrelas, esse material resultante, quente e de baixa densidade precisa se resfriar antes que a gravidade comece a agir – um processo que pode levar tanto tempo quanto a idade do universo.

As estrelas velhas continuam morrendo e não existem novas estrelas para renovar a população, o resultado disso é que a galáxia se torna escura e morre. E pelo empurrão dado ao gás para fora do centro galáctico, o disco de acumulação não alimenta mais o buraco negro supermassivo com novo material para ser devorado, levando ele também ao eventual desaparecimento.

“Acredita-se que os buracos negros se formam no interior das galáxias hospedeiras e crescem em proporção a elas, formando discos de acumulação que eventualmente destruirão sua hospedeira. Nesse senso eles podem ser descritos como virais na natureza”, disse Asa Bluck. “Galáxias massivas são em minoria no universo visível – aproximadamente uma em cada mil galáxias são massivas no universo, mas pode ser menos ainda. E no mínimo um terço delas tem buracos negros supermassivos em seus centros. É por isso que é tão interessante que esse tipo de buraco negro produza a maior parte da radiação raio-X no universo. Eles são minoria mais eles dominam a emissão de energia”.

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