
(Duília de Mello - O Globo) Hoje eu passei 5 horas classificando 200 galáxias para um projeto do Hubble chamado CANDELS (Cosmic Assembly Near-Infrared Deep Extragalactic Legacy Survey). O pescoço está até doendo e a vista meio cansada, mas que delícia que é ver estes objetos tão distantes e tão interessantes. Cada uma é diferente da outra e contendo bilhões de estrelas a bilhões e bilhões de anos-luz de distância. O Hubble nunca passou tanto tempo observando objetos distantes para um mesmo projeto, são 900 órbitas do satélite só para o CANDELS. O campo ultra-profundo levou 400 órtibas mas foi feito com a câmera antiga, a ACS. O CANDELS é feito com a câmera nova, a WFC3, que é mais sensível e cobre o infravermelho. Mas o CANDELS não cobre apenas uma única área do céu, mas várias, incluindo a região que contém o campo ultra-profundo.
O time do CANDELS é um dos maiores da astronomia atual, somos mais de 100 astrônomos distribuídos em diversos países. Amanhã estarei na reunião com 50 dos membros do CANDELS no instituto do Hubble aqui em Baltimore para discutir os diversos projetos em que estão trabalhando e que tem como missão principal tentar desvendar como as galáxias adquirem as formas que possuem hoje. Quando olhamos as imagens das galáxias distantes, estamos vendo o passado e tentando desvendar os diversos processos que geraram o nosso presente. Se eu tiver mais um tempinho esta semana vou tentar classificar mais umas 200 galáxias. Estamos fazendo a classificação manualmente de 4 mil galáxias para depois compararmos com a classificação feita automaticamente por software que estamos desenvolvendo. Os astrônomos semprem tentam conferir as classificações automáticas pois o melhor classificador ainda é o olho humano. A imagem acima é apenas para mostrar um pouquinho as profundezas do universo.
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O time do CANDELS é um dos maiores da astronomia atual, somos mais de 100 astrônomos distribuídos em diversos países. Amanhã estarei na reunião com 50 dos membros do CANDELS no instituto do Hubble aqui em Baltimore para discutir os diversos projetos em que estão trabalhando e que tem como missão principal tentar desvendar como as galáxias adquirem as formas que possuem hoje. Quando olhamos as imagens das galáxias distantes, estamos vendo o passado e tentando desvendar os diversos processos que geraram o nosso presente. Se eu tiver mais um tempinho esta semana vou tentar classificar mais umas 200 galáxias. Estamos fazendo a classificação manualmente de 4 mil galáxias para depois compararmos com a classificação feita automaticamente por software que estamos desenvolvendo. Os astrônomos semprem tentam conferir as classificações automáticas pois o melhor classificador ainda é o olho humano. A imagem acima é apenas para mostrar um pouquinho as profundezas do universo.
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