(Scientific American Brasil) Embora os astrônomos só viessem a perceber lentamente a importância da matéria escura no Universo, para mim, isso aconteceu em um instante. Em meu primeiro projeto de pós- -doutorado na University of California em Berkeley, em 1978, medi as velocidades rotacionais das nuvens moleculares gigantes de formação estelar na parte exterior do disco da Via Láctea. Desenvolvi o que era, então, o método mais acurado para determinar aquelas velocidades e me sentei para grafar os resultados no saguão do departamento de astronomia. Dois outros peritos em Via Láctea, Frank Shu e Ivan King, apareceram por acaso. Observaram enquanto eu preenchia as velocidades das nuvens exteriores, e o padrão que vimos deixou claro que a Via Láctea era abundante em matéria escura, especialmente em sua parte mais externa. Sentamos e coçamos a cabeça, imaginando qual poderia ser a natureza da matéria escura, e as ideias que nos ocorreram rapidamente se mostraram erradas.
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