(Space Telescope / Cienctec) Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA pode levar você a pensar que a galáxia conhecida como UZC J224030.2+032131 tem não um mas sim cinco diferentes núcleos. De fato, o núcleo da galáxia é somente o objeto mais apagado e difuso no centro da estrutura em forma de cruz formada por quatro outros pontos, que são na verdade imagens de um quasar distante localizado em segundo plano com relação à galáxia.
A essa combinação de objetos que na verdade tem uma galáxia e uma miragem de um quasar, se dá o nome de Cruz de Einstein, e nada mais é do que a confirmação visual da Teoria Geral da Relatividade. Esse é um dos melhores exemplos do fenômeno conhecido como lente gravitacional, ou seja, a inclinação da luz pela gravidade como previsto por Einstein no início do século 20. Nesse caso, a poderosa gravidade da galáxia age como uma lente distorcendo e amplificando a luz do quasar situado atrás dela, produzindo quatro imagens do distante objeto.
O quasar é visto aqui está a uma distância aproximada de 11 bilhões de anos-luz na direção da constelação de Pegasus, enquanto que a galáxia que funciona como a lente está aproximadamente 10 vezes mais perto. O alinhamento entre os dois objetos é impressionante, dentro de 0.05 arcos de segundo, e é esse alinhamento em parte o responsável para que esse tipo de lente gravitacional seja observada.
Essa imagem é provavelmente a mais nítida já feita da Cruz de Einstein e foi produzida pela Wide Field and Planetary Camera 2 do Telescópio Espacial Hubble. O campo de visão da imagem é de 26 por 26 arcos de segundo.
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