terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Telescópio VLT registra gigantesca área escura no Universo
(Apolo11) Observar o céu repleto de estrelas é uma das mais prazerosas formas de contemplar o firmamento. Não tem quem não se encante. Mas, e quando algumas áreas aparentam não ter qualquer pontinho luminoso? Seria ali um local misterioso, onde as estrelas são consumidas por algum buraco negro desconhecido?
Antigamente, as regiões escuras no céu eram tratadas como uma espécie de buraco, onde as estrelas simplesmente não existiam. Com o passar do tempo, no entanto, os cientistas passaram a entender um pouco melhor essas regiões, que hoje são conhecidas como nuvens moleculares escuras.
Essas nuvens são formadas por uma alta concentração de poeira e gás molecular, que absorve praticamente toda a luz visível emitida pelas estrelas que estão no fundo. Como resultado, uma espécie de barreira luminosa é criada, dando a impressão de que se trata de um local do Universo desprovido de estrelas.
Assustadoramente escuras, essas nuvens moleculares são alguns dos lugares mais frios e também mais isolados no Universo
Uma das mais esplendidas nebulosas de absorção luminosa é uma nuvem escura localizada na direção à constelação de Ophiuchus, conhecida entre os astrônomos como Barnard 68, vista na foto acima.
A cena foi captada pelo telescópio VLT, localizado nos Andes Chilenos e mostra toda a grandeza e solidão dessa região do espaço, localizada a apenas 500 anos-luz de distância da Terra. De acordo com os cálculos, Barnard 68 tem cerca de meio ano-luz de diâmetro.
Como a luz visível é bloqueada pela nuvem, para sondar os objetos que estão escondidos atrás dela são usados telescópios que operam no comprimento do infravermelho, que não são absorvidos pelos gases e partículas que compõe a nuvem.
Não se sabe exatamente como as nuvens moleculares se formam, mas devido à alta densidade de gás, especialmente hidrogênio, sabe-se que esses objetos são verdadeiros berçários estelares. No entender dos cientistas, a própria Barnard 68 parece estar entrando em colapso, prestes a formar um novo sistema solar.
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