segunda-feira, 5 de março de 2012

Núcleo de matéria escura desafia teorias


Sem âncoras
(Inovação Tecnológica) O telescópio espacial Hubble observou o que parece ser um aglomerado de matéria escura deixado para trás pela colisão entre grandes aglomerados de galáxias.

O resultado coloca em xeque as teorias atuais sobre a matéria escura, que predizem que as galáxias deveriam estar "ancoradas" a essa substância invisível, mesmo durante uma colisão.

A região conhecida como Abell 520, é uma gigantesca mistura de aglomerados de galáxias, localizadas a 2,4 bilhões de anos-luz de distância.

Núcleo escuro
A matéria escura não é visível, embora a sua presença e sua distribuição venha sendo determinada indiretamente, através dos seus efeitos.

A matéria escura pode funcionar como uma lupa, curvando e distorcendo a luz vinda de galáxias e aglomerados de galáxias situadas além dela.

Os astrônomos podem usar este efeito, chamado efeito de lente gravitacional, para inferir a presença da matéria escura em aglomerados de galáxias muito grandes.

Esta técnica revelou que a matéria escura em Abell 520 se aglomerou em um "núcleo escuro", que contém muito menos galáxias do que seria de se esperar se a matéria escura e as galáxias estivessem ancoradas juntas.

A maioria das galáxias aparentemente navegou para longe da colisão.

Quebra-cabeça astronômico
"Este resultado é um quebra-cabeça," disse o astrônomo James Jee, da Universidade da Califórnia, principal autor do estudo.

"A matéria escura não está se comportando como previsto, e não está claro o que está acontecendo. É difícil explicar essa observação do Hubble com as teorias atuais de formação de galáxias e da matéria escura," concluiu.
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