terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Como Alimentar um Monstro Galáctico


(Ciência 2.0) Para lá da vasta extensão do espaço escuro vazio que constitui o nosso céu noturno, encontram-se objetos que são mais exóticos, mais gigantescos e mais poderosos que alguma vez possamos imaginar - galáxias em fusão.

Apesar das grandes distâncias entre os objetos no espaço, é relativamente comum a colisão e fusão entre duas galáxias. As galáxias vão-se atraindo e retorcendo à medida que se aproximam lentamente uma da outra, modificando-se radicalmente a forma de ambas as galáxias.

O processo de fusão também pode desencadear o nascimento frenético de milhares de estrelas massivas e mais emocionante de tudo, pode começar a alimentar desenfreadamente os monstros que estão no centro das galáxias - buracos negros supermassivos!

Os buracos negros têm uma gravidade tão intensa que nem mesmo a luz consegue escapar das suas “garras”. Os buracos negros que se encontram no centro das galáxias são muito maiores do que os que se encontram no resto do espaço, sendo designados por “buracos negros supermassivos”.

Quando se “alimentam” do gás e poeira próximos convertem-se nos objetos mais brilhantes e poderosos do universo. Mas será este o combustível que alimenta o motor dos buracos negros supermassivos? Uma equipa de astrónomos japoneses tentou descobri-lo.

Observando uma amostra de 29 galáxias em processo de fusão, os astrónomos constataram que cada uma albergava pelo menos um buraco negro que devorava ativamente o material circundante.

Os resultados obtidos pela equipa mostraram que alguns dos buracos negros supermassivos das galáxias em fusão estavam adormecidos. Este facto revela-nos que há algo de especial e até à data misterioso, sobre as condições que rodeiam cada buraco negro supermassivo para que a comece a alimentar-se.

Curiosidade: Os buracos negros supermassivos são cerca de 1 milhão de vezes a vários milhares de milhões de vezes mais massivos que o Sol. Um buraco negro “normal” é muito mais pequeno sendo cerca de 3 a 100 vezes mais massivo que o Sol.

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