segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Galáxia Anã Quadrupla Realçada Pelo Efeito de Lente Gravitacional É Identificada A 12.8 Bilhões de Anos-Luz de Distância
(Universe Today / Cienctec) A lente gravitacional é uma poderosa ferramenta para os astrônomos permitindo que eles possam explorar galáxias distantes com mais detalhe do que seria possível sem essa ferramenta. Sem essa técnica as galáxias na fronteira do universo visível não são mais do que pequenos pontos de luz, mas quando são aumentadas dezenas de vezes por aglomerados posicionados em primeiro plano, os astrônomos são capazes de explorar propriedades da estrutura interna das mesmas mais diretamente.
Recentemente astrônomos da Universidade de Heidelberg descobriram uma galáxia por meio de uma lente gravitacional que está classificada como uma das mais distantes já vistas. Embora ainda existam ainda algumas galáxias que ganham dessa em distância, essa galáxia específica é impressionante por se tratar de um sistema raro de lente quadrupla.
As imagens dessa marcante descoberta foram feitas usando o Telescópio Espacial Hubble durante os meses de Agosto e Outubro de 2011, usando um total de 16 diferentes filtros coloridos bem como dados adicionais do Telescópio de Infravermelho Spitzer. O aglomerado de primeiro plano, chamado de MACS J0329.6-0211, está a uma distância aproximada de 4.6 bilhões de anos-luz. Na imagem acima, a galáxia de fundo foi partida em 4 imagens denominadas pela elipse vermelha e marcadas de 1.1 até 1.4.
Assumindo que a massa do aglomerado em primeiro plano está concentrada ao redor das galáxias que são visíveis, a equipe tentou se reservar aos efeitos do aglomerado na galáxia distante, o que reverteria as distorções. A imagem restaurada, também corrigida para o desvio para o vermelho é mostrada em uma caixa inferior no canto superior direito da imagem.
Após corrigir essas distorções, a equipe estimou que a massa total da distante galáxia era algumas milhões de vezes a massa do Sol. Só para se ter uma medida de comparação, a Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã satélite da Via Láctea possui uma massa dez bilhões de vezes maior que a massa do Sol. O tamanho geral da galáxia também foi estimado como sendo menor. Essas conclusões se ajustam bem com a expectativa de que as galáxias no início do universo que vieram antes das grandes galáxias encontradas no universo de hoje foram geradas a partir da combinação de muitas galáxias menores como essa num passado distante.
A galáxia também está de acordo com a expectativa sobre a quantidade de elementos pesados que é significantemente mais baixa do que em estrelas como o Sol. Essa falta de elementos pesados significa que devem ter existido poucos grãos de poeira. Essa poeira tende a ser um forte obstáculo que bloqueia os comprimentos de onda mais curtos da luz como a ultravioleta e a luz azul. Essa ausência ajuda a dar a galáxia uma tonalidade azul.
A formação de estrelas é também alta nessa galáxia. A taxa pela qual eles previram que novas estrelas estão nascendo é um pouco maior do que a taxa de nascimento de estrelas identificada em outras galáxias localizadas a distâncias similares, mas a presença de aglomerados brilhantes na imagem restaurada sugere que a galáxia pode estar passando por algumas interações, dirigindo assim a formação de novas estrelas.
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