segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Via Láctea
Galileu Galilei foi o primeiro astrónomo a dar um passo importante para a compreensão da origem da Via Láctea. Mais tarde, os estudos prosseguiram no sentido de se compreender a forma da nossa galáxia e a posição que a Terra nela ocupa. Na curta desenvolvida pelo Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e produzida pelo Ciência 2.0, saiba quais são as características da Via Láctea.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
10 bilhões de anos atrás nossa galáxia era assim
(Sci News/Hypescience) Se você conseguisse tirar uma foto da nossa Via Láctea hoje, a imagem iria mostrar uma galáxia espiral com um barra central brilhante, cheia de densas populações estelares. O sol estaria localizado fora desta barra, perto de um dos braços espirais compostos de estrelas e poeira interestelar; além da galáxia visível, estaria uma auréola de matéria escura.
Mas será que foi sempre assim? Não. 10 bilhões de anos no tempo, as coisas provavelmente seriam irreconhecíveis – como a foto acima mostra. A imagem abaixo, por outro lado, mostra a galáxia hoje.
Teríamos que esperar cerca de 5 bilhões de anos depois do nascimento da Via Láctea para testemunhar a formação do nosso sistema solar. Porém, neste ponto, 4,6 bilhões de anos atrás, a galáxia já iria ser quase como é hoje.
Usando dois supercomputadores do Oak Ridge National Laboratory, nos EUA, e do Swiss National Supercomputing Center, na Suíça, um grupo de pesquisadores liderado pelo Dr. Simon Portegies Zwart do Observatório Leiden, na Holanda, simulou a evolução a longo prazo da Via Láctea nesse período de grandes mudanças – de 10 a 4 bilhões de anos atrás. “Nós realmente não sabemos como a estrutura da galáxia surgiu. O que percebemos é que podemos usar as posições, velocidades e massas de estrelas no espaço tridimensional para permitir que a estrutura emerja da gravidade própria do sistema”, explica o Dr. Zwart.
A equipe tem como objetivo comparar os resultados da simulação com as novas observações provenientes do satélite Gaia, da Agência Espacial Européia, lançado em 2013.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Estudo mostra que galáxias maiores incorporam sistemas estelares vizinhos
A Via Láctea também deve ser engolida um dia
(Correio Braziliense) As maiores galáxias do Universo crescem se alimentando de estrelas e planetas de massas celestes vizinhas. A constatação é de um grupo internacional de astrônomos que observou mais de 22 mil dessas formações. O “canibalismo” cósmico acontece, de acordo com os pesquisadores, com os sistemas que crescem ao ponto de não conseguir mais produzir estrelas por conta própria. A própria Via Láctea é culpada do crime de absorver galáxias menores e deverá ter o mesmo destino — de virar alimento espacial — no futuro.
Quando pequenas, as galáxias crescem multiplicando o número de estrelas, formadas a partir da aglomeração de gás. No entanto, depois de grandes, elas perdem essa capacidade. Uma explicação está no chamado núcleo galáctico ativo, que basicamente cozinha o gás e o impede de esfriar para formar estrelas. “É um disco de crescimento que se forma em torno de um buraco negro supermassivo no centro da galáxia. Ele produz uma grande quantidade de energia”, descreve Aaron Robotham, professor da University of Western Australia e principal autor da pesquisa que flagrou as galáxias canibais, divulgado recentemente.
Esse mesmo núcleo que impede a formação de novos astros dá poder à galáxia para continuar a crescer, mas de uma forma diferente. A massa central aumenta a gravidade do sistema, puxando com ainda mais força as estrelas vizinhas. Eventualmente, os grupos que orbitam os conjuntos maiores perdem energia e são absorvidos. As estrelas acabam presas ao novo grupo, ocupando espaços vazios e seguindo sua órbita. Mas algumas delas perdem o gás para o núcleo do sistema canibal, e o processo alimenta o buraco negro que fica no núcleo. Isso aumenta a gravidade, tornando aquela galáxia cada vez mais voraz.
(Correio Braziliense) As maiores galáxias do Universo crescem se alimentando de estrelas e planetas de massas celestes vizinhas. A constatação é de um grupo internacional de astrônomos que observou mais de 22 mil dessas formações. O “canibalismo” cósmico acontece, de acordo com os pesquisadores, com os sistemas que crescem ao ponto de não conseguir mais produzir estrelas por conta própria. A própria Via Láctea é culpada do crime de absorver galáxias menores e deverá ter o mesmo destino — de virar alimento espacial — no futuro.
Quando pequenas, as galáxias crescem multiplicando o número de estrelas, formadas a partir da aglomeração de gás. No entanto, depois de grandes, elas perdem essa capacidade. Uma explicação está no chamado núcleo galáctico ativo, que basicamente cozinha o gás e o impede de esfriar para formar estrelas. “É um disco de crescimento que se forma em torno de um buraco negro supermassivo no centro da galáxia. Ele produz uma grande quantidade de energia”, descreve Aaron Robotham, professor da University of Western Australia e principal autor da pesquisa que flagrou as galáxias canibais, divulgado recentemente.
Esse mesmo núcleo que impede a formação de novos astros dá poder à galáxia para continuar a crescer, mas de uma forma diferente. A massa central aumenta a gravidade do sistema, puxando com ainda mais força as estrelas vizinhas. Eventualmente, os grupos que orbitam os conjuntos maiores perdem energia e são absorvidos. As estrelas acabam presas ao novo grupo, ocupando espaços vazios e seguindo sua órbita. Mas algumas delas perdem o gás para o núcleo do sistema canibal, e o processo alimenta o buraco negro que fica no núcleo. Isso aumenta a gravidade, tornando aquela galáxia cada vez mais voraz.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Fonte de luz incomum descoberta na galáxia anã Markarian
(Voz da Rússia) Uma equipe internacional de cientistas descobriu em uma galáxia distante, situada a 90 milhões de anos-luz da Terra, um objeto pouco comum, denominado SDSS1133. A revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society publica os resultados da descoberta e dos estudos posteriores.
Ao explorar a galáxia anã distante Markarian 177, localizada no copo da constelação de Ursa Maior, os astrofísicos descobriram, usando o observatório W.M. Keck no Havaí, o telescópio Pan-STARRS1 e o satélite Swift da NASA, uma fonte de luz fora do comum.
O objeto descoberto pode ser um buraco negro supermaciço, mas, ao mesmo tempo, ele dista 2.600 anos-luz do centro da sua galáxia, especifica o artigo.
Os investigadores não excluem que o objeto exótico pode ser também um remanescente de uma estrela enorme de tipo raro, a chamada variável luminosa azul.
Os autores do trabalho científico expressam mais uma outra suposição – a de observar uma fusão de duas galáxias menores e, por conseguinte, a interação de dois buracos negros destes aglomerados estelares.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Pesquisadores criam método para calcular o espaço entre objetos no Universo
(Correio Braziliense/Diário de Pernambuco) Uma das maiores dificuldades na astronomia é medir distâncias muito grandes no Universo. Por isso, atualmente, os métodos mais comuns calculam distâncias relativas. Agora, contudo, uma equipe internacional de pesquisadores demonstrou que é possível fazer medições precisas com a ajuda de buracos negros supermassivos. O resultado da pesquisa foi publicada na revista Nature.
A galáxia ativa NGC 4151 — chamada de Olho de Sauron, em uma referência ao filme O senhor dos anéis — é um conjunto estelar espiral modesto. No centro, há um buraco negro supermassivo e esse objeto ainda está em atividade, ou seja, agrega nuvens gasosas dos arredores. E é esse processo que torna possível a medição de distâncias no Olho de Sauron.
“Quando o gás cai no buraco negro, ele é aquecido e emite radiação ultravioleta. Essa radiação, por sua vez, aquece um anel de poeira, que orbita o buraco negro a uma grande distância, e o calor do anel produz a radiação infravermelha” , explica Darach Watson, professor do Instituto Niels Bohr, da Universidade de Compenhague, e coautor do estudo. “Usando telescópios da Terra, agora podemos medir a distância de tempo entre a luz ultravioleta que sai do buraco negro e a radiação infravermelha subsequente, emitida da nuvem de poeira. A diferença de tempo é de cerca de 30 dias. Como conhecemos a velocidade da luz, podemos calcular a distância física real entre o buraco negro e a poeira que o circula”, prossegue.
Watson explica que, ao combinar a luz dos dois telescópios de 10m de diâmetro do Observatório Keck, em Manua Kea, no Havaí, usando um método chamado de interferometria, os cientistas conseguiram uma resolução efetiva, equivalente a um telescópio com espelho de 85m de diâmetro. O método fornece uma resolução muito grande — centenas de vezes melhor que a obtida pelo telescópio espacial Hubble — e permite medir o ângulo da poeira no céu — cerca de 12 milionésimos de um grau.
Agrupando os dados do tamanho angular do anel de poeira no céu com o tamanho físico de 30 dias-luz, é possível calcular a distância de um objeto da Terra, usando geometria simples. “Chegamos à distância de 62 milhões de anos-luz. Cálculos prévios baseados no desvio de vermelho (uma mudança no comprimento das ondas de luz devido à velocidade de um objeto distante), estimavam que estávamos entre 13 milhões e 95 milhões de anos-luz da galáxia, então tínhamos uma dose grande de incerteza. Agora, somos capazes de determinar a distância precisa. Isso é muito significativo para cálculos astronômicos a uma escala cósmica”, diz Darach Watson.
A galáxia ativa NGC 4151 — chamada de Olho de Sauron, em uma referência ao filme O senhor dos anéis — é um conjunto estelar espiral modesto. No centro, há um buraco negro supermassivo e esse objeto ainda está em atividade, ou seja, agrega nuvens gasosas dos arredores. E é esse processo que torna possível a medição de distâncias no Olho de Sauron.
“Quando o gás cai no buraco negro, ele é aquecido e emite radiação ultravioleta. Essa radiação, por sua vez, aquece um anel de poeira, que orbita o buraco negro a uma grande distância, e o calor do anel produz a radiação infravermelha” , explica Darach Watson, professor do Instituto Niels Bohr, da Universidade de Compenhague, e coautor do estudo. “Usando telescópios da Terra, agora podemos medir a distância de tempo entre a luz ultravioleta que sai do buraco negro e a radiação infravermelha subsequente, emitida da nuvem de poeira. A diferença de tempo é de cerca de 30 dias. Como conhecemos a velocidade da luz, podemos calcular a distância física real entre o buraco negro e a poeira que o circula”, prossegue.
Watson explica que, ao combinar a luz dos dois telescópios de 10m de diâmetro do Observatório Keck, em Manua Kea, no Havaí, usando um método chamado de interferometria, os cientistas conseguiram uma resolução efetiva, equivalente a um telescópio com espelho de 85m de diâmetro. O método fornece uma resolução muito grande — centenas de vezes melhor que a obtida pelo telescópio espacial Hubble — e permite medir o ângulo da poeira no céu — cerca de 12 milionésimos de um grau.
Agrupando os dados do tamanho angular do anel de poeira no céu com o tamanho físico de 30 dias-luz, é possível calcular a distância de um objeto da Terra, usando geometria simples. “Chegamos à distância de 62 milhões de anos-luz. Cálculos prévios baseados no desvio de vermelho (uma mudança no comprimento das ondas de luz devido à velocidade de um objeto distante), estimavam que estávamos entre 13 milhões e 95 milhões de anos-luz da galáxia, então tínhamos uma dose grande de incerteza. Agora, somos capazes de determinar a distância precisa. Isso é muito significativo para cálculos astronômicos a uma escala cósmica”, diz Darach Watson.
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